ABSTRACT
Diversos trabalhos têm demonstrado variabilidade biológica em Paracoccidioides brasiliensís. As múltiplas manifestações clínicas da PCM e a depressão da resposta imune celular, especialmente do tipo 1, que é recuperada após terapêutica efetiva, são indicativos de que os processos de infecção e evolução da doença dependem também de fatores relacionados à virulência do agente. Com o objetivo de investigar possíveis mercadores que pudessem estar associados ao papel do agente na determinação da forma clínica da PCM foi proposto um estudo de algumas características microbiológicas comparando-se 30 isolados de P. brasilíensís. O primeiro grupo "A', foi constituído por 15 cultivos obtidos de pacientes que desenvolveram a forma aguda da doença. O grupo "C" representou os isolados de pacientes com PCM forma crônica. Os fungos, recebidos de várias procedências, eram mantidos em laboratório por períodos variáveis. A fim de recuperar o potencial de virulência, supostamente atenuado durante os subcultivos ín vitro, todos os fungos foram inicialmente reisolados após desenvolvimento de orquite em hamsters. O estudo foi basicamente desenvolvido com a forma leveduriforme do fungo, obtida por cultivos em PYGA, a 35º C. Os parâmetros incluíram: morfologia microscópica (morfometria da célula-mãe e número de brotamentos)- velocidade de transformação in vitro da forma miceliana para a forma leveduriforme; determinação de curvas de crescimento; expressão da glicoproteína de 43KDa (gp43); polimorfismo isoenzimático e determinação do perfil de susceptibilidade, ín vitro, dos isolados frente aos antifúngicos empregados na terapêutica da PCM. Em todos os aspectos analisados ficou evidente a expressiva variabilidade biológica entre os isolados. Foi possível padronizar o teste de susceptibilidade aos antifúngicos através de adaptações à técnica de referência proposta pelo NCCLS, (l997). Os resultados mostraram-se seguros e reprodutíveis desde que se utilizem cultivos com alto grau de viabilidade celular. Foram testadas anfotericina B, 5-fluorocitosina e os azólicos ítraconazol, cetoconazol e fluconazol. Frente à 5-fiuorocitosina, todos os isolados foram resistentes a concentraçäo iguais ou superiores a 64mg/mL da droga. Em relação aos demais antifúngicos, houve variabilidade nos títulos das ClMs não se caracterizando, porém, nenhum caso de resistência microbiana in vitro. As curvas de crescimento, determinadas através de ...(au)